sábado, 13 de abril de 2013

Ser ou não ser

Vamos os chamar de A. e I.
Sob um Sol radioso, naquela manhã, de vésperas da Primavera, estão sentados á mesa de um café.
Trocam olhares cúmplices, sorrisos molhados e as mãos trocam-se com a subtileza de um esvoaçar.
Assim vistos, são lindos, com as tonalidades das cores, diversas e peculiares, reflectidas pela espectacularidade dos raios solares através da vidraça.
São amantes! O que os olhos de cada um sentem é a beleza no seu apogeu, através da íris que proporciona a magnitude de um tremor sublime desse sentido.
O resto, vem, pelo toque de veludo, pelo calor da respiração das bocas quase coladas, pelos sons das vozes inaudíveis.
É quase pecaminosa tanta Beleza naquele quadro pintado pelo Mestre e cantada pela melhor alma de Poeta!
Estão de saída.
De mãos dadas, e, agora á vista desarmada, são comuns,  sem rosto, de figura estilizadas e que passado o "momento", a sensação que resta é "dejá vu", a beleza perdera-se ! Foi-se o orgasmo e, o que resta é um sabor agridoce desvanecendo-se, qual maré baixa e desoladora.
Eles são o Arco e a Íris.
Eles voltam.
Prometo!